sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Paises Emergentes


Renda


Um dos problemas mais complexos de política econômica na aceleração do desenvolvimento é a tendência para piora na distribuição da renda. Isto vem ocorrendo na China, na Rússia e na Índia, sendo o Brasil uma das raras exceções, apesar de opiniões em contrário.
A maior escassez no desenvolvimento são empresários ágeis e recursos humanos de alta qualificação, e o preparo destes envolvem um processo demorado de educação e treinamento. A escassez relativa acaba provocando uma rápida elevação do ganho de alguns segmentos, enquanto a massa de trabalhadores demora mais para incorporar melhorias de rendas reais.
Por mais que as autoridades estejam cientes destes problemas, os descompassos acabam ocorrendo, pois nem tudo pode ser controlado pela sociedade, mesmo nos regimes autoritários. O mercado é muito lento para resolver estes problemas, e nem sempre as autoridades são imunes às pressões de alguns privilegiados.


Emprego


Segundo Pessôa, como o setor de serviços é intensivo em mão de obra, essa recomposição setorial das economias mantém o mercado de trabalho aquecido. O próprio processo de aumento de renda dos emergentes também pode contribuir para a transição para os serviços, que tipicamente ocorre à medida que os países enriquecem.


Contraponto. Do ponto de vista do crescimento econômico, porém, o aumento relativo do setor de serviços pode não ser tão positivo, principalmente no primeiro momento. Como a produtividade da indústria tende a ser maior, e a transição faz com que parte do capital nas manufaturas fique ocioso, o PIB pode desacelerar. Pessôa nota que o nível de utilização da capacidade na indústria em quase todo mundo, com algumas exceções, como a China, está em baixa.

O economista Armando Castelar, também do Ibre, chama a atenção para o fato de que a evolução recente dos indicadores econômicos latino-americanos indica que muito do que está ocorrendo no Brasil - e que frequentemente é tratado pelos analistas nacionais como singularidades do País - faz parte de um fenômeno regional.

"Houve uma queda generalizada do desemprego na América Latina, e também uma melhora da distribuição de renda associada em grande medida a essa questão do emprego", observa. Para Castelar, essa tendência está ligada ao grande volume de dinheiro internacional que está ingressando na região, com o crédito crescendo em muitos países além do Brasil, como Peru e Colômbia.


Moradia




Atualmente, os países em desenvolvimento respondem por quase metade do lares unipessoais, ou 130,7 milhões de pessoas, contra 107,5 milhões em 2006, um aumento de 21,6%.
Os mesmos dados revelam que mais de 10% dos lares brasileiros já são habitados por um único ocupante, contra 25% na Rússia e 7% na China. Em 1996, segundo a Euromonitor, essa taxa era 8% no Brasil, 20% na Rússia e 6% na China.
Segundo Eric Klinenberg, professor de sociologia da Universidade de Nova York, que analisou por quase uma década o impacto do crescimento dos domicílios unipessoais nos Estados Unidos e no mundo, vários fatores explicam o fenômeno, entre eles o aumento da expectativa de vida, o crescimento no número de divórcios e a emancipação precoce dos jovens.
"Entretanto, nada disso seria possível sem a independência financeira. Por isso, não surpreende que países com altas taxas de crescimento econômico, como o Brasil e a China, sejam aqueles onde a população vivendo sozinha têm aumentado a um ritmo superior aos demais", disse Klinenberg à BBC Brasil.



Educação


A proposta do seminário é a troca de experiências entre representantes de países com problemas semelhantes, como África do Sul, Brasil e Índia, com o apoio e a participação do Reino Unido, de forma a melhorar a educação de todos. 

A ministra da educação da África do Sul, Naledi Grace Mandisa Pandor, relatou que, desde 1994, com o fim do regime de segregação racial, o país vive um intenso período de reformas. Porém, para ela, as profundas desigualdades, não apenas raciais, mas culturais, de classe social e de gênero, ainda persistem. “Muitas escolas tendem a promover a assimilação das crianças e não a dessegregação”, disse. Para Grace, o maior desafio educacional da África do Sul é assegurar educação básica de qualidade para todos, inclusive adultos.
No caso do Brasil, o ministro Fernando Haddad lembrou que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, cabe à União equalizar as oportunidades educacionais. Haddad relatou as políticas adotadas pelo Ministério da Educação nesse sentido e destacou o sistema nacional de avaliação, que permite traçar um perfil de cada escola, rede e do quadro nacional ao avaliar as condições de aprendizagem de todas as 40 mil escolas urbanas do país. 
O ministro ressaltou ainda o esforço do governo federal em promover uma maior articulação entre educação básica e superior. 


Saúde


No caso de países emergentes, falou Tim Lobstein, a mudança mais importante é a assim chamada "transição da nutrição", de uma dieta com alimentos básicos para uma dieta modernisada, que consiste em alimentos de nível energético muito maior.

"Isso significa menos frutas e verduras, ou menos alimentos básicos como arroz e grãos, e mais gorduras, e açúcar e óleo. Estes vêm particularmente sob a forma de fast-food, refrigerantes", disse ele.
A demanda por calorias acessíveis e produzidas em massa disparou em países emergentes, particularmente dentro das classes emergentes, que hoje podem gastar mais de sua renda em comida.
Mas o professor Subramanian afirmou que a obesidade é um fenômeno que afeta principalmente as classes mais privilegiadas em países de renda baixa e média, e até em economias emergentes.
Em um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, sua equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e Bristol pesquisaram dados de cerca de 530 mil mulheres adultas de 54 países de renda média e baixa.
Eles afirmam que, apesar de a obesidade ter aumentado na maioria dos países tanto entre os 25% mais ricos quanto entre os 25% mais pobres da população, o Índice de Massa Corporal (IMC) - medida do peso de uma pessoa que leva em conta a sua altura - aumentou mais nos setores mais ricos.
"Apesar do aumento do IMC não estar mais confinado a países de alta renda, o aumento continua concentrado entre pessoas de renda mais alta em países de renda baixa e média", diz o estudo.
A Índia é um exemplo clássico de país que combina enormes desafios na área de nutrição entre sua população mais pobre, com alguns dos piores efeitos da obesidade sentidos nas classes médias.
Apesar de ter um dos menores índices do mundo - 1% em homens e 2% em mulheres em 2008, de acordo com a OMS - a Índia tem cerca de 50 milhões de pessoas com diabetes, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes.
O país fica atrás apenas da China (onde estima-se que 92 milhões de pessoas sofram de diabetes), mas especialistas estimam que os números da Índia sejam bastante subestimados.


Segurança



 Designadamente, e seja qual for a reforma do Conselho de Segurança, no que toca à França e à Inglaterra, é racional que não terão o direito de veto ou o direito que for decidido, mas, sim, a Europa. O que para esta significa defender a unidade contra as ilusões que se passeiam entre recordações de um passado para esquecer, ou perder a voz que ainda tem no mundo e que este tem vantagens em conservar. Porque a crise é mundial, a chamada, ainda não feita, dos órgãos da ONU até agora ignorados também deve ter o objetivo de impedir que a sua evolução seja feita contra os ocidentais. Porque se, não obstante as palavras e todas as afirmações da igualdade dos Estados, mantiverem o princípio real da desigualdade dos Estados, são os ocidentais que estão em causa.

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