segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Paises Periféricos

Renda

 A produção permaneceu atrasada em termos organizacional e tecnológico, com predominância do setor agrícola exportador. O crescimento era voltado para o mercado externo, sendo quase todo (escasso) progresso técnico destinado a este setor propiciando elevações em seu nível de produtividade. Assim, o setor exportador tornara-se o centro dinâmico da economia dos países periféricos, sendo praticamente o único componente autônomo do crescimento da renda. Pode-se dizer que não havia diversificação da produção, pois apenas um ou dois produtos primários eram exportados. Em conseqüência, surgiu um processo de urbanização mais ou menos intenso ao longo do qual iam estabelecendo as chamadas indústrias de bens de consumo interno (calçados, tecidos, vestuários, móveis, etc), não sendo suficientes para gerar na atividade interna um dinamismo próprio e, dessa forma ficava o crescimento econômico da periferia, dependente do comportamento da demanda externa por produtos primários. O padrão de consumo dos periféricos era independente em relação ao sistema produtivo, uma vez que os bens de consumo modernos eram importados através dos ganhos com o setor exportador. Importava-se também recursos técnicos e bens de capital necessários ao funcionamento das indústrias que estavam surgindo. Em síntese, as relações comerciais entre centro e periferia, eram de que ambos procurassem suprir suas necessidades. Do centro vinham os bens industrializados e capitais de empréstimos. Do periférico, saíam produtos primários e alimentos. Isso é o princípio da divisão internacional do trabalho.



Emprego

A dialética da dominação se expande de forma hierárquica, ou seja, países dominantes colocam outros em situação periférica. Os países periféricos seguindo as “cartilhas” de seus dominantes, colocam a população em situação de exclusão extrema; os sujeitos são privados do direito ao próprio trabalho; vivenciam a influência direta e indireta de fenômenos sociais diversos resultantes do modo de produção capitalista e suas múltiplas determinações.

Liberdade, flexibilização, redução, ajuste fiscal, reformas, reestruturação, privatização, abertura econômica, são alguns dos termos utilizados cotidianamente na conjuntura atual quando se referem às políticas de “desenvolvimento” econômico. Esses termos estão presentes em discursos e ações econômicas efetivadas mundialmente, demonstrando os lemas neoliberais.



Moradia


Em países pobres, ainda, boa parte das moradias expostas a situações de vulnerabilidade a desastres, como enchentes e desabamentos, são assentamentos de baixa renda. Para esta população, as alternativas propostas são, geralmente, as remoções, com reassentamentos que representam, na maioria das vezes, uma piora nas condições de vida, já que se livram das enchentes, por um lado, mas ficam sujeitas a viver em locais sem oportunidades de emprego, de desenvolvimento econômico, social, cultural, enfim, sem cidade…



Educação


A mudança mais significativa que ocorreu na área da educação foi a exclusividade do Ensino Fundamental, esse que passou a ser entendido como sendo obrigatório para a população, sendo financiado pelo poder público. Por sua vez, o Ensino Médio era ofertado, prioritariamento pelo setor privado. O mesmo acontecia no Ensino Superior, surgindo um sistema de bolsas de estudos destinadas a alunos que tivesse renda baixa.
O Banco Mundial percebia a educação como uma forma de compensar à situação de pobreza que o país se encontrava ao passar pelos ajuste econômicos. Ele enfatiza a educação como um mecanismo fundamental na aquisição de um novo padrão de acumulo do capital.



Saúde


A incidência de cólera é elevada. Apenas uma pequena fração da população recebe atenção médica ainda rudimentar. A partir de 2004, a relação dos médicos por população foi estimada em 7.7 por 100 mil pessoas. Em 2005, a expectativa de vida foi estimada em apenas 38.43 anos, uma das mais baixas do mundo. A mortalidade infantil em 2005 foi estimada em 187.49 por 1000 nascidos vivos, as mais altas do mundo. A incidência de tuberculose em 1999 foi 271 por 100000 pessoas. Taxas de imunização de crianças de um ano de idade em 1999 foram estimadas em 22% de tétano, difteria e tosse convulsa e 46% para sarampo. Desnutrição afetado cerca de 53% das crianças abaixo de cinco anos de idade a partir de 1999. Desde 1975 e 1992, houve 300 mil mortes relacionadas com a guerra civil. A taxa global de morte foi estimada em 24 por 1000 em 2002. A prevalência de HIV/AIDS foi 3.90 por 100 adultos em 2003. A partir de 2004, havia aproximadamente 240000 pessoas que vivem com HIV/AIDS no país. Houve uma morte 21000 estimado de AIDS em 2003. Em 2000, 38% da população teve acesso à água potável e 44% tinham saneamento adequado.



Segurança


A Polícia Nacional (PN) é a principal força de segurança de Angola, dependendo organicamente do Ministério do Interior. A PN concentra funções que estão, na maioria dos restantes países de língua portuguesa, repartidos por diversas organizações policiais e não-policiais distintas.
A actual Polícia Nacional de Angola tem origem na antiga Polícia de Segurança Pública (PSP) de Angola, principal força de segurança uniformizada durante a Administração Portuguesa.
Com a independência de Angola em 1975, a antiga PSP for reformulada, sendo-lhe acrescentados membros dos corpos policiais do MPLA, dando origem à Polícia Popular de Angola.
Desde então a Polícia Popular foi sofrendo várias reorganizações, ao mesmo tempo que foram sendo nela integradas diversos organismos de polícia então autónomos, tais como a Polícia Judiciária (actual Direcção Nacional de Investigação Criminal).
Resultado da integração dos diversos organismos policiais e não-policiais, em 1993 a Polícia Popular passou a denominar-se Polícia Nacional.




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